quarta-feira, 3 de abril de 2013

As nuvens.

            Enquanto me preocupava com a produção de algum texto, por capricho de meu superego genial em companhia de minha consciência retardada, um poeta amigo me presenteia com um de seus rascunhos desvalorizados. Não ouso mais ofuscar com minhas dispensáveis palavras esse medíocre poeta, maldito da praga de rimar tudo que escreve quando outros espremem os olhos por não rimarem dois versos que sejam.


As nuvens

“Hoje estive observando minha rotina
Enquanto eu passava pelo corredor
Olhares vulgares me ofendiam por falta de amor
Talvez seja apenas minha tristeza interior

A saudade do passado no lugar onde você costumava estar
Passo , olho, fico sem jeito, e imploro por não mais gostar
Minha cabeça quase explode em meio todo esse fervor
Legal seria desistir de tudo
ficar sumido no mundo
um infeliz vagabundo
Talvez seja só minha tristeza interior

Fico sozinho com tanta alegria a minha volta
O falso amigo finge por um instante que se importa
Tudo bem, ele não tem culpa de nada
No futuro, me parece interessante me resolver na estrada

Voltando pra casa observando o nada enquanto sou observado por tudo
Vejo como são bonitas as manchas brancas que o céu pinta
E o sol não se compara a sua beleza
Por um instante vai embora minha tristeza
Me senti fascinado com o que chamam de natureza

Ainda existem coisas bonitas, ainda existe teu sorriso confortável
Ainda existe uma pessoa que eu intitulo confiável
Você ainda existe e então eu me pergunto
Por que o universo não me parece habitável
Talvez seja apenas o mundo a minha volta” – Leonardo Orlandin.


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