quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Um olhar idiota que vem de baixo.

Enojado com a futilidade da metrópole suja desescondida do maxilar erguido de cada um que passa, o mendigo metido a poeta se fissura, se distrai e perde tempo com uma placa que elabora a vários fins de expedientes alheiros. Sem perceber a própria ironia, sem perceber que as bocas não se costuram.
“Enquanto frases lamentam e choram algo relevante, vozes insignificantes se constrangem com o sal e se contorcem com o restante.”
Como que se aquelas vozes que atrapalham se incomodassem com o própria barulho. Idiota o tal mendigo, se ao menos houvessem orelhas entre as vozes.

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