segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mercúrio/2.

Acordei no sofá na mesma hora que o Sol, me impressionei com a luz laranjada que entrava pela vidraça da porta e que se refletia no teto da sala como uma tela minimalista e abstrata, me impressionei até a hora que lembrei do rosto dela no sonho que havia recentemente acordado. O meu sorriso se erguia e minha pupila dilatava só com as lembranças daquelas bochechas levemente manchadas de sarda. Entre um parágrafo, uma hora, um café, uma piada, um cigarro e uma risada, aquele dia todo imaginei desculpas que me convencessem a correr atrás daquelas bochechas que ficavam exageradamente altas quando ela sorria.
O Sol já dormia quando na frente de um espelho imaginei a desculpa não perfeita, mas que me convencia: “Por que odiar tanto a mediocridade ou hipocrisia?”.

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