sábado, 25 de agosto de 2012

Enquanto ouço Yann Tiersen.

O tal do amor não passa de uma palavra superestimada por todos. Esperam que seja algo extraordinário,especial, único e perfeito. Perguntam-se o que é essa coisa e ficam com medo ou constrangidos de responder já que sabem que o amor deles não tem nada de parecido com aquele tal nobre e magico.
Num dicionário existem várias das supostas definições de amor. Talvez certas sejam uma ou duas, talvez sejam todas ou não seja nenhuma. Talvez seja aquela paixão que acaba de nascer pela guria que vê pela primeira vez, seja unicamente aquilo que sente quando faz um trabalho que gosta, seja exclusivamente aquele apego pela única musica que escuta, seja só a pena que sente pelas crianças da Teleton ou apenas seja o afeto que tem pelo cachorro velho da família. Talvez sejam todas essas coisas juntas. Talvez não seja nenhuma.
Amor foi quando aquela aluna da mesma sala me pediu a borracha emprestada e eu fiquei nervoso, são as covinhas que formam atrás das bochechas quando ela sorri, foi aquele amasso que dei numa desconhecida de uma festa qualquer, é quando torço pra que ela diga “oi” antes de mim, foi quando ficamos debaixo de uma arvore enquanto chovia e são as rugasque formam no fim dos olhos dela quando tenta esconder um sorriso. Não é e não foi uma pessoa só, assim é como que se as outras não tivessem sido. Amar só uma pessoa me incomoda mais do que amar o maior numero possível delas, talvez seja até menos egoísta assim.
Em fim, amor é só a primeira ou várias das drogas que vierem na sua cabeça quando se fizer essa mesma pergunta. Talvez amor não seja nada.

Um comentário: