terça-feira, 25 de junho de 2013

Desejável caráter.

Há tempos, ou há algum tempo, que ando a fim de que este meu caráter mude.  Este que não defino se sincero ou mentiroso, concreto ou abstrato, perfeito ou “zuado”. Este caráter que não me cabe mais, pois se uma manga é curta, a outra exagerada; uma perna fina e a outra larga. Sobram-se botões nesta fantasia mal costurada. O pior é que não foi alugada.

Mas eis alguns remendos e costuras pra que a mim este caráter se reajuste: Quieto. Surpreendido pela misticidade e descuidando a futilidade. Altista do mundo que criei e me acostumei. – Quase simulo o altruísmo, esse tal transtorno não deve ser mais difícil. Não posso esquecer de ser meigo com os meus caninos como aquela é com os dela. Envergonhado e agradecido. Com o assunto dos outros me sinto entretido. A ironia? Esqueço, talvez a relembre em meros textos. Sinceramente ingênuo e sensível de forma triste e não raivosa aos outros argumentos. Pretendendo ir à Londres, mas sem esquecer fascínio pelo carnaval. E em fim? Sem fim, vestido à caráter para esta festa a fantasia em que tema nenhum foi decidido. 

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