quarta-feira, 27 de março de 2013

O grotesco Saiberbule.

Indeciso entre como apresentar esse tal episódio.  Inadmissível, intolerável, perverso ou repugnante? Ou talvez assim mesmo, sem tirar nem pôr: “Episódio inadmissível, intolerável, perverso e repugnante!”, de sensacionalismo perfeito. Melhor não, evitemos o verdadeiramente inadmissível pleonasmo. Evitemos também o clichê, algo mais pessoal cairia melhor nesse blog mal lido até por seus autores. Mas enfim o episódio ligeiramente cômico:  

“Julia, uma menina ainda criança, de pele parda e pouco pálida, olhos grandes, sufocantes e invejáveis como seus cabelos negros, grandes e encaracolados, e com um buço cinza, quase tão grande quanto a quase monocelha gritante.
 A menina era dona de um perfil numa famigerada rede social, cujo postava-se conceitos, anseios, afetos e fotos. A vida dessa criança era, talvez, feliz até que alguns não gênios, nem jenius, mas obtendes de um humor “pouco engajado”, decidiram fazer piada das fotos de Julia, satirizando características “supérfluas”. O tal feito dos piadistas medíocres, causou tal grau de desconforto na vida da menina que pedir misericórdia aos honrados medíocres era o de menos. Foram ela e sua família, submetidas a torturas psicológicas pesadíssimas e maybe depressão. Junto de sua mãe, sem saber o que fazer, ela chorava e orava a algum oxalá, enquanto seu pai dormia na delegacia esperando algum amparo do poder executivo.
A tal piada de mal gosto foi detestada pela “maioria” dos “politicamente corretos” após ter derramado lagrimas e expelido gargalhadas de uma “minoria” detestável, ogros questionáveis. Os éticos e moralmente do bem, acusavam os “neonazistas”, autores da piadoca, por desrespeito e danos morais, enquanto que alguns “bons” apreciadores do humor acusavam a própria vítima, por nunca tido o prazer de conhecer uma navalha ou gilette”. Fim do episódio ligeiramente cômico.

Os verdadeiros moralistas falsos chovem no molhado ao exigir prisão dos tais humoristas virtuais. Proibir que algo seja dito ou feito, não resolve coisa, e exemplo disso é o cigarrinho do capeta, que os puritanos já fumaram, os piadistas da internet fumam e Julia fumara. Não adianta proibir a proclamação de uma piada dita desrespeitosa quando o fato desrespeitado continua engraçado.
Mas se você ignorou as duas últimas características do personagem, feitas no início desse desapropriado episódio, e se apaixonou pelos olhos grandes, por favor, desconsidere tudo até aqui e o que virá.
 “Maldita a hora em que as pessoas deixaram de refletir sobre o próprio nariz e decidiram amá-lo cegamente.”

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