Há tempos, ou há algum tempo,
que ando a fim de que este meu caráter mude.
Este que não defino se sincero ou mentiroso, concreto ou abstrato,
perfeito ou “zuado”. Este caráter que não me cabe mais, pois se uma manga é
curta, a outra exagerada; uma perna fina e a outra larga. Sobram-se botões nesta
fantasia mal costurada. O pior é que não foi alugada.
Mas eis alguns remendos e
costuras pra que a mim este caráter se reajuste: Quieto. Surpreendido pela
misticidade e descuidando a futilidade. Altista do mundo que criei e me
acostumei. – Quase simulo o altruísmo, esse tal transtorno não deve ser mais
difícil. Não posso esquecer de ser meigo com os meus caninos como aquela é com
os dela. Envergonhado e agradecido. Com o assunto dos outros me sinto
entretido. A ironia? Esqueço, talvez a relembre em meros textos. Sinceramente
ingênuo e sensível de forma triste e não raivosa aos outros argumentos. Pretendendo
ir à Londres, mas sem esquecer fascínio pelo carnaval. E em fim? Sem fim, vestido
à caráter para esta festa a fantasia em que tema nenhum foi decidido.
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