Enojado com a futilidade da metrópole
suja desescondida do maxilar erguido de cada um que passa, o mendigo metido a poeta
se fissura, se distrai e perde tempo com uma placa que elabora a vários fins de
expedientes alheiros. Sem perceber a própria ironia, sem perceber que as bocas
não se costuram.
“Enquanto frases lamentam e
choram algo relevante, vozes insignificantes se constrangem com o sal e se contorcem
com o restante.”
Como que se aquelas vozes que
atrapalham se incomodassem com o própria barulho. Idiota o tal mendigo, se ao menos
houvessem orelhas entre as vozes.
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