Acordei no sofá na mesma hora que
o Sol, me impressionei com a luz laranjada que entrava pela vidraça da porta e que se refletia no teto da sala como uma tela minimalista e abstrata, me impressionei até
a hora que lembrei do rosto dela no sonho que havia recentemente acordado. O meu
sorriso se erguia e minha pupila dilatava só com as lembranças daquelas bochechas
levemente manchadas de sarda. Entre um parágrafo, uma hora, um café, uma piada,
um cigarro e uma risada, aquele dia todo imaginei desculpas que me convencessem
a correr atrás daquelas bochechas que ficavam exageradamente altas quando ela
sorria.
O Sol já dormia quando na
frente de um espelho imaginei a desculpa não perfeita, mas que me convencia: “Por
que odiar tanto a mediocridade ou hipocrisia?”.
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