“De luto por alguém com um
sobrenome que desconhecia até ontem, por alguém que nunca senti saudade e por
alguém que nem se quer lembro da voz. De luto pois é isso que as pessoas boas fazem.”
A tal hipocrisia clichê renasce a
cada cadáver que cai. O desrespeito travestido de compaixão brota em cada dor
tomada dos que realmente se importam. Uma peça de lagrimas falsas se monta em
volta de cada travesseiro rodeado por flores, e a cada lagrima escorrida um traço
de bondade é tatuado na própria testa. Pessoas bondosas que prezam compartilhar
melancolia exigem tristeza ou alguma atuação que seja. Os olhares hipócritas mais
se preocupam com a vermelhidão dos outros olhos que com a escuridão dos olhos fechados de quem ainda se vê deitado.
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