-“Acordei antes do despertador.
Não tenho e nem sei o que fazer. Ficar perdido
numa escuridão criativa me causa melancolia e psicose. A vozes dessa imaginação
sem meta parecem vir de um cômodo ao qual tenho medo de abrir a porta, há as
vezes que tenho coragem apenas de olhar pelas frestas, mas só às vezes. Se o despertador tivesse tocado eu estaria
agora me distraindo com a mediocridade da minha rotina. Que rotina? Qualquer
rotina, ao menos uma rotina. Ao invés disso agora me distraio no escuro. Sem
um proposito ilusório, sem um proposito hipócrita. Uma dor masoquista oscila na
minha cabeça. Tenho medo do que tudo isso pode me causar, acho que é esse medo que me dói.”
O despertador por fim grita e me
socorre.
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