Para Durkheim a sociedade é dividida em grupos cada individuo pertence a um, porem falarei de um grupo especifico conhecido como “Hipsters” que geralmente estão presentes na classe média branca nos estados unidos, Inglaterra e também existem as ramificações em outros países como o Brasil, por exemplo, se expressam de alguma forma. Algumas idéias Hipster são superficiais e geralmente se preocupam em parecer ser ao invés de serem de fato. As buscas para estarem cada vez mais distantes da cultura “Mainstream” fazem dos Hipsters se tornarem seres previsíveis e condicionados. Bom, para chegar a essa tese procurei a origem dessa identidade, comportamentos comuns entre membros e suas contradições.
Nos anos 40, o termo hipster (ou "Hipster" ou “Hep Cat") era usado para descrever os apreciadores de jazz urbano afro-americano que frequentavam as redondezas do Harlem (bairro de Nova York). A primeira critica aparece nos anos 50, o escritor americano Norman Mailer muda completamente a representação pública dos Hipsters ao descrevê-los como “O branco da classe média urbana que gostava de sair da zona de conforto da cultura branca de classe média para ir a clubes de jazz, geralmente frequentados por negros”. Observe que entre a década de 40 e 50 houve a criação de uma ideia de fuga da cultura capitalista massificada , ao invés do indie-rock, MPB e outros que não são considerados mainstream, o Jazz foi o objeto idealizado para que essa fuga da cultura “mainstream” acontecesse. Repare que esta sendo feita uma comparação entre o hipster de hoje e o hipster da década de 40 e 50. O que essa origem influência nos dias de hoje? Bom, Norman Mailer havia afirmado que os Hipsters eram brancos de classe média, isso continua ate hoje (são de escolas particulares e cor de ele é branca). Querendo ou não, o estilo Hipster e um estilo elitista, pois para consumir os produtos cultuados por esse grupo no mínimo deve pertencer a classe média.
Após décadas em 1994 o tema volta a ser comentado na revista Times (a matéria de capa dizia "If Everyone Is Hip... Is Anyone Hip?”, algo como “Se todos são Hipsters... então qualquer um é Hipster?”).A identidade também sofrendo criticas, se o intuito de ser hipster e ser distinto, então são sujeitos querendo ser diferentes mas acabam sendo idênticos a outros que também tentam ser underground eis ai o “Superstição dos Hipster” em achar que o mainstream e o underground são antagônicos, onde na verdade estão no mesmo lado da moeda. Dialoga também no paradigma da tatuagem , tatuam-se para tornar-se diferentes das outras pessoas e acabam tornando-se iguais a outras milhares que já se tatuaram.
A terceira volta dos Hipsters na mídia ocorre em 2003, quando dois livros satíricos são publicados e a reação contra eles começa a se cristalizar. A partir daí, começam a surgir vários outros blogs, vídeos e outros trabalhos satirizando-os. Alguns sites e páginas no Facebook evidenciam através do humor o comportamento contraditório e forçado de alguns Hipsters, Recentemente uma pagina de Humor no Facebook chamada “Todos contra o Indie” fez uma critica que evidência as incoerências nesse movimento, uma das publicações dizia “Tiram fotos tomando café do Starbucks, mas não tomam o café preto na casa das avós” outro site brincou: “Usam óculos enormes de grau sem precisarem apenas para se passar de intelectual”. Possuem um objetivo : se afastar o Maximo das coisas mainstream e buscarem serem inovadores e criativos mas seguem um padrão que por incrível que pareça pouco varia, óculos de sol e de grau grandes dos anos 80, blusa do Joy Divison , Arctic Monkeys , quase sempre com comentários breves, pouco profundos, sobre as fotos de seus livros que a maioria das vezes estão fechados e raramente fazem uma resenha crítica falando de cada obra postada,, usam apenas o visual, são superficiais e possuem pouco conteúdo critico e aprofundado, é um estilo apenas de objetos, blusas, óculos e Livros fechados. Retomando a tese se preocupam em parecer ser ao invés de realmente ser, são a geração classe média coca-cola.